Segue ai uma entrevista da Morango ao site G.Online:


Primeira lésbica assumida, e com muito orgulho, a participar do Big Brother Brasil, a jornalista mineira Angélica se destacou na décima edição do reality show global justamente por não ter medo de expressar sua homossexualidade, assim como pela autencidade de suas opiniões. Incluindo pareceres sobre o jogo e as mulheres da casa. Listou, sem cerimônias, com quais delas namoraria e quais apenas "pegaria" numa balada. Pela empresária Cláudia, a Cacau, pareceu ao público ter demonstrado um interesse maior, mas que Angélica confirma não ter passado de amizade.
"A maioria das pessoas que votaram teve pontos de vista diferentes dos meus", arrisca Angélica. A principal hipótese levantada pelos fãs do programa, entretanto, é que o desentendimento com o lutador Marcelo Dourado teria posto um fim à sua tragetória no reality show. Para tirar Angélica do jogo, alguns telespectadores, que se diziam fãs de Dourado, fizeram capanhas consideradas homofóbicas por ativistas LGBT. A mais impactante pedia para a "bigoduda" da casa. Com os ataques, Angélica ganhou (ainda mais) o apoio de grande parte da comunidade LGBT. Mas acabou sendo eliminada do programa, com 55% dos votos. Sua participação no reality, entretanto, não será esquecida facilmente.


Na entrevista que Angélica deu ao G Online, ela fala sobre o confinamento, a "loucura" da vida pós-BBB e confessa: "Estou solteira, mas acho que não por muito tempo, não sei viver sem paixão".


G.O: O que ponderou antes de decidir se assumir perante milhares de pessoas que assistem ao programa?
Angélica: Quando eu preenchi a ficha de inscrição do programa assinalei a opção homossexual. Não como forma de chamar atenção, apenas falei a verdade, como em todas as outras dezenas de perguntas. Durante o processo de seleção perguntaram se eu falaria abertamente sobre isso na casa do BBB e eu disse que sim. Acho mesmo que temos que mostrar a nossa cara e provar que não somos diferentes, o fato de ser gay é só um detalhe.


G.O: Tinha já idéia do simbolo que se transformou para inumeras lésbicas, ou só teve idéia da proporção após deixar a casa?
Angélica: Eu recebi e recebo muito carinho muito carinho das pessoas. Heterossexuais, bissexuais, homossexuais, crianças. Muita gente comenta nos blogs, twitter e envia emails contando sobre como a minha postura na casa modificou a forma como pensavam, ou deu força para um diálogo aberto com a família; além disso, descobri o apoio incondicional da minha, e esses são os maiores prêmios que eu poderia ter ganhado na vida!


G.O: Aliás, quando saiu da casa, você sentiu a aceitação da comunidade LGBT em relação à sua postura no jogo?
Angélica: Recebi apoio até de entidades internacionais, mas acredito que isso aconteceu não só pelo fato de eu ser gay, mas por ser uma garota verdadeira, do bem.


G.O: No oposto disso, entre alguns twitteiros rolou tipo de uma campanha forabigoduda#, o que foi visto pelos ativistas LGBT como um sinal claro de homofobia. Isso a atinge?
Angélica: Já me diverti muito com essa história do bigode. Mesmo se eu fosse heterossexual os admiradores de outras pessoas na casa fariam alguma campanha pela minha saida, acho isso normal, não me atinge.

G.O: Você acredita que na tese que esta sendo levantada de que Dourado representa os anti-LGBT?
Angélica: Do Dalai Lama ao maníaco do parque, todos tem seus admiradores, pessoas que de alguma forma se identificam com certos comportamentos e opiniões. As pessoas são livres para fazer suas escolhas.

G.O: Muitos consideravam você, inclusive o Boninho, como uma das favoritas a ganhar o prêmio. O que você acha que faltou (ou sobrou) a você para chegar na final?
Angélica: A maioria das pessoas que votaram. E até onde, de maneira geral, estão na casa as pessoas e/ou jogadores? Eu entrei a mesmissima pessoa que sou aqui fora.

G.O: Lado bom e ruim de ser ex-BBB (porque ex-BBB é para toda vida...)? Ou, melhor: o que o reality show trouxe até o momento de positivo e negativo para você?
Angélica: Famosos ou anônimos, todas as expêriencias pelas quais passamos ficam conosco para a vida toda. Essa em especial só me trouxe coisas boas.

G.O: Só seguirá sua carreira de jornalista mesmo? Investir como modelo e atriz nem pensar?
Angélica: Sou atriz profissional e jornalista. Amo as duas coisas e estou aberta às oportunidades que estão surgindo.

G.O: Tem chovido muitas cantadas? Aliás conta para elas: esta sózinha, acompanhada, (re)engrenando alguma relação...?
Angélica: Acho esse assédio natural, e a maioria das cantadas é leve. Estou solteira, mas acho que não por muito tempo, não sei viver sem paixão.

G.O: Uma dica para as fãs, para finalizar: o que uma mulher tem que ter para te conquistar?
Angélica: Beleza chama atenção, mas inteligência e bom humor são características que deixam as pessoas muito mais interessantes.

"Temos que mostrar a nossa cara e provar que não somos diferentes, o fato de ser gay é apenas um detalhe" (Ana Angélica)




Fonte: Fã Clube Nossa Morango

 

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